Sarau das Pretas no Sesc Thermas propõe reflexões sobre o feminino e a cultura
25/09/2018
Protagonizado por jovens negras ativas na cena cultural suburbana de São Paulo (SP), Um encontro para refletir sobre o feminino, a cultura e a ancestralidade. Esse é o intuito do Sarau das Pretas, realizado peloSesc Thermas de Presidente Prudente nesta quinta-feira (27), a partir das 20h30. Por meio da palavra falada, cantada, declamada, dos tambores e de seus corpos em constante movimento, jovens mulheres negras atuantes no cenário cultural periférico de São Paulo (SP) compartilham suas reflexões e convidam o público a interagir nas discussões. Diante do cenário de empoderamento feminino pela garantia dos direitos das mulheres, as jovens escritoras negras atuantes nas periferias da cidade de São Paulo têm revelado por meio da literatura, de seus tambores e de seus corpos, as realidades de viver o feminino e o feminismo. Neste contexto, foi realizada a primeira edição do Sarau das Pretas, que ocorreu nas dependências do Sesc Pompéia, devido ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março. A atividade reuniu grande público disposto a partilhar as vivências e reflexões que essas mulheres expressam por meio de sua arte. O Sarau das Pretas não é um sarau territorial e constrói sua trajetória propondo encontros nos quais a escuta é o ponto central, partilhando a palavra e a ancestralidade. A organização do sarau entende que não delimitar um único espaço estimula outras mulheres negras a ocuparem todos locais. Por isto, já foram realizadas edições em Centros Culturais, unidades do Sesc, espaços congêneres, dentro e fora das periferias, tudo com forma de criar, fortalecer e ampliar os espaços de fala e audição das mulheres negras do país. Pautando o protagonismo da mulher negra como um ato cultural e político, o Sarau reúne um público disposto a vivenciar e compartilhar reflexões que essas mulheres expressam através de sua arte. Sobre as integrantes Além de ser idealizadora e produtora do Sarau das Pretas, a poetisa e produtora cultural Débora Garcia também atua junto aos coletivos Quilombhoje Literatura e Associação Cultural Literatura no Brasil, onde desenvolve saraus e projetos de incentivo à leitura e à escrita. Além de ministrar palestras sobre literatura, políticas culturais e questões de gêneros, é autora do livro “Coroações – Aurora de Poemas”, publicado em 2014, de forma independente. Poeta residente do Sarau das Pretas, Elizandra Souza é escritora e jornalista. Fundadora do Coletivo Mjiba – Jovem Mulher Revolucionária, é autora do livro de poesias “Águas da Cabaça” (2012) e trabalha como ativista cultural, com ênfase na difusão da literatura negra e feminina nas periferias de São Paulo (SP). Autora do livro “Em Reticências” (2016), a escritora Thata Alves é precursora do Sarau da Ponte Pra Cá, onde atua na organização e produção do encontro mensal, que há quase três anos recebe inúmeros poetas e artistas de diferentes locais para se apresentarem. Taissol Ziggy é a caçula do Sarau das Pretas. Percussionista e produtora musical do coletivo, desde criança estuda tambores e toques de tambú, caxambú e candongueiro. Em seu trabalho, destaca-se o compromisso com as tradições culturais de origem africana, as quais vêm sendo preservadas por sua família há quatro gerações. Criadora do Sarau das Pretas Peri, Jô Freitas é poeta e atriz. Seu trabalho fala essencialmente da mulher, negra, nordestina e periférica, com o último “Mulheres em Travessia” realizado num povoado chamado Pucusana, em Lima (Peru), composto de poemas para histórias de mulheres migrantes. SERVIÇO
Sarau das Pretas Com Débora Garcia, Elizandra Souza, Jô Freitas, Taissol Ziggy e Thata Alves. Dia 27 de setembro, quinta-feira, às 20h30. Na Área de Convivência do Sesc Thermas. Grátis. Classificação indicativa: 14 anos. |