Bugalho se reúne com manifestantes favoráveis a reabertura do comércio
18/05/2020O prefeito Nelson Bugalho recebeu nesta segunda-feira (18/05), no Paço Municipal ‘Florivaldo Leal’, quatro representantes de uma manifestação favorável a reabertura do comércio realizada defronte à Prefeitura, sendo Kellen Francine Silva, gerente da Havan Prudente e uma das responsáveis pelo movimento, além de Emerson Fernando, Carlos Dias e Débora Ivolina, todos participantes do ato.
Durante a reunião, Bugalho explicou que os prefeitos seguem em diálogo com o Governo Estadual solicitando que o tratamento para as demais regiões administrativas do Estado seja diferente de locais que registram altos índices de casos de coronavírus, Covid-19, como São Paulo e o litoral paulista.
“Construímos um plano de retomada das atividades, sendo o modelo básico o decreto que havíamos feito com a permissão de atendimentos presenciais individuais. A grande maioria das regiões administrativas precisa da retomada imediata. Em Prudente, a base da economia é o comércio e a prestação de serviços”, informou.
O chefe do Executivo detalhou ainda o Plano São Paulo, elaborado pelo Governo Estadual, que prevê a retomada gradativa das atividades econômicas desde que os municípios registrem taxas de, pelo menos, 55% de isolamento social, 14 dias sem evolução no índice de coronavírus e taxa inferior a 60% de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) exclusivos para Covid-19. “Hoje temos 67% dos leitos ocupados e pode chegar a 90% no fim do mês, pois nossos leitos servem para Prudente e região, o que chega a atender cerca de 600 mil pessoas”.
Ainda durante a reunião, o prefeito relatou o porquê de alguns municípios da região conseguirem flexibilizar a reabertura do comércio. Segundo ele, cada processo é julgado por um desembargador diferente que determina qual conduta deve ser tomada. “Tem uma liminar que diz que a Prefeitura paga R$ 250 mil de multa por dia caso desobedeça à sentença, além de o prefeito e o secretário de Desenvolvimento [Carlos Alberto da Silva Corrêa] serem responsáveis civil e criminalmente.
O chefe de Executivo ressaltou ainda que a Prefeitura não tem interesse que o comércio fique fechado, pois isso poderá refletir também nos cofres públicos. “Daqui a pouco, não teremos mais dinheiro para pagar os funcionários, inclusive os da saúde. Retomando [as atividades econômicas], a arrecadação não é imediata, sofreremos reflexos disso. Temos um limite e estamos tentando convencer de que a regra pode ser diferente para outras regiões”.
Ao fim da reunião, a gerente da Havan agradeceu ao chefe do Executivo por atender os manifestantes e afirmou que o encontro foi positivo. “O prefeito nos colocou a par de tudo que está fazendo para reabrir o comércio. Ele é solidário com a nossa causa e estamos confiantes que essa luta vai acabar e poderemos voltar a trabalhar. Vamos aguardar que tudo dê certo para voltarmos ao trabalho”, concluiu.
A reunião contou ainda com a presença do chefe de Gabinete, Francisco Batista Leopoldo Júnior, e do assessor Especial, Vanderlei Teodoro.