Bugalho afirma que pode chegar ao limite de decretar o fechamento do comércio

19/03/2020

O prefeito Nelson Bugalho esteve reunido nesta quinta-feira (19/03) com os representantes do Sindicato dos Comerciários e do Ciesp/Fiesp (Centro e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Maurício Pontes e Wadir Olivetti Júnior, respectivamente.

Durante o encontro no Auditório ‘Valdenice Dantas Martins’, na Prudenprev (Sistema de Previdência Municipal), o chefe do Executivo dialogou sobre as medidas preventivas ao coronavírus, o Covid-19, que devem ser adotadas no comércio e na indústria.

“Atendemos ao chamado do prefeito e trouxemos algumas reivindicações que tragam mais segurança aos funcionários, pois visitamos alguns supermercados e notamos a falta de álcool em gel e demais equipamentos de segurança aos trabalhadores”, contou Maurício.

Ainda segundo o representante do Sindicato dos Comerciários, há empreendimentos com queda de 50% nas vendas e lojas que já abrem as portas em prejuízo. “Sabemos a dificuldade do meio empresarial, mas o momento é de preservar vidas e chegarmos a um acordo: horário reduzido de trabalho, revezamento, algo que traga mais segurança. Não queremos chegar ao limite de ter de fechar, mas caso isso aconteça irá preservar a proliferação da doença e que haja superlotação dos hospitais”.

Além da queda nas vendas no comércio citada por Maurício, o titular da Sedepp (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico), Carlos Alberto da Silva Corrêa, o Carlos Casagrande, pontuou que nas próprias feiras-livres, realizadas nas ruas de Prudente, houve uma diminuição de 40% no movimento. Inclusive, a mesma porcentagem se aplica ao número de feirantes que também estão deixando de comercializar os produtos.

Segundo Wadir, em relação às indústrias, várias normativas foram tomadas. A exemplo, ele citou que aquelas que têm possibilidade de escalonar horário adotaram tal medida, bem como houve o afastamento dos funcionários que integram o grupo de risco.

“Temos uma crise há mais de cinco anos no Brasil, agora ficará mais acentuada. Temos que orientar aqueles que não precisam sair de casa, que não saiam. Nos preocupamos quando se fala em parar tudo, pois existem outras dificuldades”, citou o representante do Ciesp/Fiesp.

O prefeito salientou que o Governo Municipal irá adotar medidas em relação ao comércio nos próximos dias e ressaltou que é a notória a diminuição de transeuntes no Calçadão da Maffei. “Embora haja essa queda, algumas medidas adicionais deverão ser adotadas para preservação da saúde dos funcionários e, evidentemente, dos clientes. Podemos chegar ao limite que é justamente de fechar tudo”.

O chefe do Executivo registrou ainda a falta de representantes do Sindicato do Comércio Varejista e da Associação Comercial. “A intenção era discutirmos sobre o quais medidas adotarmos neste momento, mas, praticamente, ouvimos apenas a opinião do sindicato que representa os funcionários, os patrões não compareceram”, relatou.